Como proteger nossos olhos contra lesões traumáticas?
- crsuzuki
- 18 de jul. de 2021
- 2 min de leitura
Nosso corpo é muito bem bolado: as estruturas frágeis em geral ficam bem protegidinhas. Nesse sentido, os órgãos nobres ficam sempre dentro de uma caixa protetora. Mas e os olhos? Se precisam enxergar, precisam estar expostos, né?
Qual a proteção natural dos nossos olhos?
De novo, a natureza é sábia: os olhos estão na cavidade orbitária, ou dentro de uma caixa óssea aberta, envolto por gordura. Além disso, temo nossas pálpebras: o reflexo córneo-palpebral faz com elas se fechem sempre que algum objeto se aproxime. É intuitivo e natural.
Quando as lesões oculares são mais frequentes?
Ainda assim, acidentes podem ocorrer: desde arranhões até perfurações, dependendo do objeto e da força com que atinja nossos olhos. Deste modo, para qualquer ameaça de trauma, vale a pena usar óculos de proteção: a evolução do material em muito contribuiu para amenizar o impacto que, desde 1970, foi passando pelo vidro temperado, resina e hoje em dia o policarbonato. Num modelo previsível, como o ambiente de trabalho, a proteção ocular faz parte da rotina. Portanto, de acordo com os dados da Academia Americana de Oftalmologia a maioria dos traumas oculares ocorrem quando não os usamos (mais que 78% dos traumas ocorreram por falta de proteção ocular): em casa. Por exemplo, nas reformas, jardinagem, limpeza e cozinha ao entrar em contato com:
produtos químicos como alvejantes (muito cuidado com substâncias com alto pH)
pregos, parafusos, lascas de madeira ou metal lançados ao ar
galhos e espinhos lançados, por exemplo, pelo cortador de grama
À seguir, nos esportes em que há alto impacto na região dos olhos tanto pelo confronto corpo a corpo quanto pelos objetos.
Atualmente, protestos, motins e guerras urbanas estão levando cada vez mais a lesões oculares que ameaçam a visão em todo o mundo.
Quais os primeiros socorros?
A princípio, a única EMERGÊNCIA que pode fazer a diferença nos primeiros minutos para prevenir lesões irreversíveis, está no contato com químicos com pH alto: cândida, soda cáustica, cal. Nestes casos, lavar MUITO com água corrente.
Por fim, em qualquer outro caso: procure um oftalmologista. Não basta testar a visão. O olho é pequenino, é preciso examinar com cuidado e com os aparelhos adequados para identificar as mínimas lesões.
Para ler mais:
Hoskin AK, Mackey DA, Keay L, Agrawal R, Watson S. Eye Injuries across history and the evolution of eye protection. Acta Ophthalmol. 2019 Sep;97(6):637-643. doi: 10.1111/aos.14086. Epub 2019 Mar 25. PMID: 30907494.
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